Ilustração cedida por Miquéias Vitorino. |
Olá, amigos e amigas... Tudo belezinha com vocês? Espero que sim... Estava eu assistindo ao noticiário da hora do almoço, enquanto comia satisfeita o melhor feijão que já fiz - entendam, passei a comer feijão depois dos trinta, pois antes eu não gostava -, quando ouvi surpresa os relatos de prisões feitas aqui no município de São Paulo, oriundas das investigações sobre o confronto/tumulto/ato de violência/ASSASSINATO ocorrido no domingo em que tivemos um jogo clássico de futebol entre Palmeiras e Corinthians.
Deixe-me esclarecer... Sou torcedora. Adoro futebol. E sou Corinthiana. De verdade. O que eu não sou é uma psicopata usando o escudo de um time, andando em bando e carregando paus e outras armas pra dentro de estádios, aonde o objetivo é ASSISTIR ao jogo, e não fazer exercício físico usando o torcedor de outro time como saco de pancada. Deu pra entender meu posicionamento?!? Não acho que seja uma característica de torcedor nenhum ser violento ou promover qualquer tipo de vandalismo. Torcedor torce. Quem é violento e pratica vandalismo leva outro nome: MARGINAL!!! PSICOPATA!!!
A postagem poderia acabar aqui, né, por que acho que já fui bem clara. Mas vamos tentar explicar minha motivação para escrever este texto. Dentre as prisões feitas por esses dias - todas preventivas, até que o caso todo seja apurado - três rapazes são reincidentes. E não se trata de reincidência em depredações ou qualquer coisa menos importante. Os três ficaram conhecidos pelo país todo por que dois deles foram presos na Bolívia há alguns anos atrás, quando o Corinthians jogou lá, acusados de participação na morte de um menino de 14 anos... O terceiro, que acabou assumindo ser ele o portador do rojão disparado no estádio naquele dia, que atingiu o menino, na época era menor. Conseguiu voltar ao Brasil, e quando a justiça Boliviana pediu à nossa justiça que ele fosse enviado pra lá, pra ficar na cana com os outros criminosos, nosso governo, a OAB, e o diabo à quatro, interviu.
Pois bem, salvamos as peles de um assassino e seus comparsas. Torcedores do Corinthians, tadinhos... Meninos bons, trabalhadores... Nunca tinham feito nada de errado... Ah, tá... Então como é possível que nos anos após o ocorrido na Bolívia ouvimos muitas notícias sobre crimes, violência e até morte envolvendo os meninos que estiveram presos naquela ocasião?!? Ou os bolivianos têm mais faro para futuros bandidos, ou eles fabricaram bandidos na cadeia, e devolveram pra nós depois. Fato é, existe sim aquela pessoa que escorrega no tomate e faz besteira uma vez, e nunca mais volta a fazer nada de errado, ou pelo menos não faz nada digno dos noticiários. E existem os bandidos profissionais... Os que reincidem, os que têm na contravenção um hábito, e que não acham que estão fazendo nada demais. E, neste segundo caso, os sinais vão se acumulando durante a vida da pessoa. Ele não se torna magicamente um bandido de uma hora pra outra.
Sérias medidas têm que ser tomadas em relação a isso. Não em relação às torcidas, mas em relação aos bandidos que usam as mesmas como escudo para seus atos criminosos. E, como resolver? Eu começaria pela lei. Somos brandos... Esse menino que foi preso nesta confusão de agora, confessou um assassinato no passado. Aí, por que ele era menor, isso não vai contar num julgamento, numa avaliação de conduta... Como assim??? Livramos ele de cadeia por assassinato na Bolívia, e ele foi preso por ter agredido uma família inteira de Palmeirenses.... Fica claro aqui que o rojão no estádio anos atrás não foi sem querer, e que as intensões dele nunca foram boas. A lei tem que mudar pra casos assim, pra podermos tirar esses marginais do meio de nós. Simples assim. Acabar torcida organizada resolve? Não!!! Proibir duas torcidas em clássicos?!? Que brochante e pouco efetivo, já que os confrontos ocorrem quase em sua totalidade fora dos estádios... E, sem uma carteirinha de clube, ele vai se juntar a outro bando qualquer, com outros marginais, e continuar fazendo porcaria, por que já deu pra perceber, no caso desse menino, que este é o caráter dele.
Eu acho que nós, como população, como cidadãos desta fábula, temos que começar a exigir dos governantes medidas mais inteligentes de contensão da violência, e punição mais severa para quem pratica. Tive dificuldades para dormir durante à noite, e, para me distrair, acabei assistindo a um documentário norte-americano que vai de encontro a este assunto. Numa próxima postagem falaremos disso.
JulyN.
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