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What's On

Calçadas em SP!

Meu protesto sobre a falta de conservação das calçadas de nossa cidade, principalmente no bairro em que moro.

Jacob Vargas!

Uma pequena homenagem ao ator Jacob Vargas, um de meus favoritos. Em Inglês, por que repassei o link para o próprio, através do Twitter.

Album 'Where We Are', do Westlife.

Uma postagem explicando o meu faniquito em relação a esta banda e suas músicas.

Luciano Pavarotti!

Biografia escrita por mim, por ocasião da morte deste ícone da música. Repostagem do antigo Addicted to Music.

Minhas Influências Musicais!

Esta postagem é meio narcisistica (como a maioria neste blog) e versa sobre o meu gosto musical. para que os amigos entendam que quando fazem a pergunta sobre o que eu escuto, a resposta é mesmo muito complexa.

28 de ago. de 2018

Sessão Pipoca - O que terá acontecido com Baby Jane?

Foto cortesia de Film Inquiry.


Olá, amigos e amigas. Tudo belezinha com vocês? Espero que sim... Hoje quero falar deste filme de 1962, que na época causou grande alvoroço, por alguns bons motivos. Primeiro, devo sim esclarecer que minha curiosidade à respeito dele teve dois gatilhos. Um deles sendo minha predileção por filmes de suspense. Outra, sendo a série Feud, do canal à cabo FX, que em 8 episódios, explanava o que se deu durante e após a gravação do filme, com as duas mega estrelas do cinema que o protagonizaram.

Então, vamos à ficha técnica. O livro de Henry Farrell, lançado dois anos antes, foi a base para o roteiro de Lukas Helller, que trabalhou algumas vezes em parceria com o diretor, Robert Aldrich. A idéia do filme teria partido de Joan Crawford, e teria sido ela a procurar o diretor para que ele o dirigisse. Segundo ainda a série Feud, teria sido dela a idéia de chamar sua rival nas telas, Bette Davis, para o papel título.

Com essas duas deusas da sétima arte no elenco, o resto seria fácil de se conseguir, não é? É, não foi bem assim. O diretor teve que pelejar um bocado para conseguir financiar o filme, pois, a aquela altura do campeonato, as duas estavam na casa dos cinquenta anos e, naquela época, somente os homens nesta idade conseguiam papéis de qualidade em Hollywood. As mulheres eram tratadas como rostos bonitos, mesmo qdo tinham o talento dessas duas damas, e as rugas meio que tiravam esse glamour. E, quem estamos tentando enganar? Muito pouco mudou, de lá pra cá. 

Mas, o cinema estava atravessando a revolução de Alfred Hitchcock, e o gênero suspense estava em alta. Robert Aldrich conseguiu, assim, o financiamento. Apertado, é verdade, por que ninguém estava acreditando no sucesso do filme.

Ainda bem que ele foi feito! Além de Crawford e Davis, o filme contava com um excelente elenco de apoio, com nomes como Victor BuonoMaidie Norman e Anna Lee, para citar alguns. Norman já era uma atriz consagrada também, quando fez este filme, assim como Anna Lee. Victor teria uma carreira longa e próspera no cinema - era um comediante - depois dessa película.

Eu nunca tinha assistido a um filme de Bette Davis. E nem de Joan Crawford. Da segunda, assisti biópicos que foram sendo feitos com o passar dos anos, após sua morte. Ela era, segundo esses relatos, uma pessoa difícil de lidar. Mas, o que encontrei no filme foi uma mulher de mais de cinquenta anos, linda, agradável de se olhar, e de se ouvir, que se era a megera que pintam, é uma ótima atriz, pois me convenceu completamente da bondade de sua personagem. Há algumas falhinhas de atuação. Pernas paraplégicas se mexendo em algumas cenas, foi o que mais me chamou a atenção. Mas a gente esquece disso, diante da beleza e delicadeza que a atriz apresenta.

Bette Davis. Este encontro demorou para acontecer. Sou fã de Cyndi Lauper, e passei a infância ouvindo adultos da terceira idade dizendo que ela era bem parecida com a atriz. O que vi no filme foi uma atuação limpa, toda preparada para ser verdadeira, numa história muito louca. Vc embarca nos sentimentos da personagem logo de cara, e a segue acreditando na sua história. Basicamente é ela, com seu conforto em ser Baby Jane, que torna o filme uma outra coisa. 

Roteiro... Já ouvi de alguns amigos especialistas em cinema, que há alguns enredos campeões, que prendem nossa atenção em qualquer formato, e só deixam de funcionar se todo o resto da produção for bem ruim mesmo. As variações de Romeu e Julieta se enquadram nisso, e também Caim e Abel. É o caso aqui. O conflito se dá entre duas irmãs... Tudo muito próximo ao coração do ser humano. 

Uma direção competente para a época - 1962 - atuações impecáveis, e um roteiro familiar à psique humana, fazem deste suspense um justo indicado ao Oscar em algumas categorias. Ótima pedida pra quem quer ver um filme com conteúdo além dos efeitos visuais de hoje em dia.


Até a próxima!!!

JulyN.

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8 de mai. de 2017

A trilha da minha vida: Chico, Burl, Candy e Mark...

Hoje acordei às 6:30 da manhã. Um crime, no meu universo! Chico batendo à minha porta... Para quem não sabe, Chico é o apelido carinhoso para menorreia... Pois bem, eu sempre fico muito mal, com muitas dores e outros probleminhas fisiológicos nesta época do mês. Acordei cedo - pra mim é cedo - por que precisava usar o banheiro. Eu já estava suspeitando desde a semana passada, pelos sintomas, que estava na época do fluxo, Mas confesso que começar a semana assim, uma semana em que terei mais trabalho, foi um pouco chato... Aí, depois de me aliviar, voltei para a cama, por que de fato ainda tinha uma hora de sono antes de ter que me levantar e começar o dia. 

Estava indo ao encontro de dona Helena, minha primeira cliente do dia, e sempre elejo um artista ou um disco, ou uma seleção musical específica para me animar, e acabei parando na minha seleção de músicas da Disney, dos filmes clássicos. A primeira em minha orelha foi 'On the Front Porch', interpretada pelo ator Burl Ives, no filme 'Doce Verão dos Meus Sonhos' (Summer Magic), de 1963. Na minha adolescência fui para a Disney, na Flórida, e, claro, sendo eu quem sou, voltei de lá carregada de cds. Entre eles uma belíssima coletânea que na época tinha quatro cds com músicas dos filmes clássicos. Assim conheci esta canção. Sempre a adorei. Ela tem um ar bucólico muito gostoso. 

Uma de minhas brincadeiras com a minha cachorrinha, Candy, era deitar ao lado dela na nossa cama - sim, eu dividia a cama com a cachorra - nos fins de tarde ensolarados, à pedido dela, para ouvir música e acariciá-la. O sol, neste horário, banhava a cama, e Candy adorava se esticar toda e deixar que o astro lhe ajudasse a produzir a vitamina D que eu que tirava toda dela, me esfregando e dando muitos beijinhos. Eu sempre fui muito sonhadora. E, nos últimos treze anos isso não foi diferente. A única diferença foi a inclusão de outro ser nos meus sonhos. Eu nunca tinha sentido essa necessidade de sonhar pra dois, antes. Por que as pessoas da minha vida sempre foram assim, individualistas. Vivíamos juntos, mas não sonhávamos juntos. E, por vezes, o sonho de um ainda atrapalhava a realização do sonho do outro. Então, eu dividia tudo meu com as pessoas a minha volta. Menos os sonhos. Estes eram só meus, e normalmente eu os guardava só pra mim. Por que também se eu contasse, havia quem fosse inclusive fazer esforço pra dificultar sua realização. 

A Candy foi o primeiro ser pra quem eu sonhei. Por que parecia justo incluí-la nos meus planos - sonhos são planos... E aí,  hoje pela manhã, ouvindo 'On the Front Porch', lembrei disso... Por que, Candy faleceu em Janeiro, e realizamos algumas coisas juntas em 13 anos, mas o sonho maior não deu tempo. E essa música meio que descreve parte do sonho... Casa grande, com varanda (Front Porch), talude na frente, gramado verdinho, com o sol batendo - importantíssimo - e um espaçinho atrás pra piscina e churrasqueira, e uma mesa grade, pra reunir as pessoas que eu gosto. E uma cozinha bem legal. A varanda, o talude e o sol eram todos pra Candy. Antes dela eu nunca dei muita importância ao sol. Mas, a gente sempre tem que focar em algo legal pra acordar naqueles dias de mau humor, ruins mesmo, e levantar da cama e ir trabalhar. Candy toda esticada num talude verdinho tomando sol, e eu do lado, deitada na grama, com o céu sobre nós era a visão que me mantinha focada. Por que tem dias que a gente simplesmente não quer sair da cama. 

A culpa é do Chico por hoje ser um dia assim. A culpa provavelmente ainda é dele por eu ter chorado no caminho de dois quarteirões lembrando do talude com a Candy, enquanto a música rolava. Aí, na travessia para o terceiro e último quarteirão, eu me toquei que não poderia chegar chorando na casa da cliente... As pessoas me contratam pra resolver problemas e levar leveza ao dia delas, e não para chorar num arroubo hormonal. Eu precisava de algo que resolvesse isso rápido. Chamei Mark! 

Eu explico... Troquei a música. Fui de Disney para Marky Mark and the Funky Bunch. KKK Por que foi a primeira coisa que consegui pensar que prenderia minha atenção o suficiente para que a imagem da casa com varanda, talude e Candy saísse de minha cabeça. Três respiradas fundas durante o discurso nervoso e de menino teimoso de Mark (Wahlberg, pra quem desconhece o passado do ator) em 'Music for the People' fizeram o truque. Passando pelo primeiro portão do condomínio de dona Helena eu enxuguei as lágrimas com as mãos, ajeitei os cabelos, e, quando cheguei ao elevador, já tinha um sorriso colocado no rosto, como uma roupa bonita que a gente coloca pra disfarçar a ressaca. 

Mas fiquei com esse pensamento. O sonho ainda é esse? Casa com varanda e talude, e sol? Na volta deste primeiro atendimento, vim pensando nisso. Candy me fez entender que o sol é importante. Abriu espaço em minha vida para ele. E, mesmo sem ela aqui, meio que não quero voltar pras trevas de antes. Não morro de amores pelo calor, ainda. Não gosto de torrar no alto verão. Mas um pouco de sol num gramado bem verdinho, convidativo a uma boa espreguiçada é uma boa coisa. Candy tinha bom gosto... Talvez a casa com varanda e talude possa continuar fazendo parte dos planos... Talvez eu possa continuar usando essa visão nos dias não tão bons, para levantar e fazer o que é preciso com alegria e disposição. Candy me ensinou que ceder nem sempre é ruim. Às vezes o outro está certo, e o jeito dele de fazer as coisas pode servir pra gente... Agora eu só preciso dar um jeito de parar de chorar quando me vem a imagem completa à mente, por que ela está lá, lindinha, com a barriguinha quente de sol, piscando os olhinhos pra mim e me fazendo querer ganhar na loto pra não ter que sair com hora marcada pra atender ninguém... Nos meus sonhos a Candy ainda está lá... 



JulyN.
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18 de mai. de 2016

Sessão Pipoca: Mary e Max (2009).

Cortesia de Amazon.
Olá, amigos e amigas. Tudo belezinha com vocês? Espero que sim... 

É a segunda vez que vou assistir a um filme depois de vê-lo comentado no vlog Pipocando. Então, já deixo aqui minha recomendação de programa no Youtube para divertir e talvez informar sobre a sétima arte. O filme em questão veio da lista das amizades mais fortes do cinema - eles listam coisas nos vídeos - e eu me interessei pelo que foi falado, e resolvi conferir. 

Trata-se de um filme Australiano feito em Clay Animation - uma espécie de Stop Motion -, com enredo de drama e humor negro. Ou seja, não é desenho infantil. Em sua história ele versa sobre as dificuldades, as lutas, derrotas e vitórias de duas pessoas distantes uma da outra geograficamente, mas próximas em suas batalhas na vida. Uma menina se torna uma improvável amiga via carta de um homem que tem Síndrome de Asperger, e nós, espectadores, acompanhamos o crescimento dela, enquanto os dois, com o passar dos anos, não perdem contato um com o outro, sem nunca se verem. 

O filme vai despertar diferentes sentimentos em diferentes pessoas. É uma peça soturna, com pouca ação de fato, mas com muito assunto, se é que vocês me entendem. Quem não tem problema cognitivo nenhum, não vai se identificar, talvez, com os personagens, e nem simpatizar tanto assim com eles. Vai até achar o filme parado. Quem, por outro lado, sofre com qualquer distúrbio, até o mais simples, que acometa a cognição, ou quem convive com o problema em seu entorno, vai possivelmente ter um momento de elucidação, de entendimento e de empatia. E, muito provavelmente, vai amar o filme. 

Fato é que o roteiro é bem amarrado, se dedica às fases de crescimento e descobrimento dos dois personagens com uma delicadeza que beira a poesia, e, se nada disso te encantar, assista ao filme para ver a qualidade da animação, que tem detalhes preciosos e bonitos, que com certeza interessarão a quem curte este tipo de animação. Ou seja, apesar de ser um filme sem grandes ações ou roupantes, é um filme cheio de detalhes interessantes, que merecem nossa atenção, e que, para as mentes mais maduras e mais questionadoras, será um prato cheio. 

Eu super aprovo!!!



Ficha técnica
Mary and Max
Ano de lançamento: 2009
País de Origem: Austrália
escrito por: Adam Elliot
Dirigido por: Adam Elliot
Atores (vozes):  
Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana, Barry Humphries, Bethany Whitmore, ...






JulyN. 

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19 de abr. de 2016

Sessão pipoca tripla: Ruth & Alex, Um Senhor Estagiário, Tinha que Ser Você!!!! (pra descontrair)



Olá, amigos e amigas. Venho pretendendo fazer esta postagem há algum tempo já, e até ensaiei alguns textos pra ela. Os três títulos foram assistidos por mim num espaço de tempo de cerca de dois anos, e o grande barato neles são os nomes por trás dos personagens: Morgan Freeman - o carinha que até Deus escolheria para interpretá-lo -, Robert de Niro e Dustin Hoffman. Tá bacana pra vocês? A postagem poderia terminar aqui comigo dizendo que são ótimos filmes - baseando a crítica no elenco - e que vocês podem assistir sem medo de errar... Mas... Não vou ser tão pontual, né? Por que essa não sou eu... 

Por que postagem tripla? Os três tem algo em comum: são romances. Do tipo que os homens normalmente não gostam, mas que vão assistir com suas companheiras pra ganhar alguns pontos... E eu garanto que, no geral, se divertirão. 

Diane Keaton e Morgan Freeman.
Cortesia de Papo de Cinema.
Falemos de Ruth & Alex. Filme de 2014 que trás Morgan Freeman e Diane Keaton como um casal já maduro que enfrenta uma mudança do apartamento de Manhattan aonde viveram muitos anos. E nós acompanhamos as tentativas de venda, e os conflitos e lembranças que surgem por conta dessa situação. Aí você me diz: com esse elenco, tem como dar errado?!? É... Mais ou menos... O filme não é ruim. E as melhores partes são quando vemos, em lembrança, o jovem casal, quando se mudaram para um apartamento legal em NY, e tiveram que fazer os vizinhos e a comunidade em volta se acostumar com um casal inter racial...  Essas cenas são bonitas, cheias de química entre os jovens Claire van der Boom e Korey Jackson. Quanto à Freeman e Keaton, é isso que falta entre eles: química. Aí o filme vai se arrastando em uma porção de situações cotidianas, e passa.... Só passa... Não é ruim, mas não é o filmão que você espera quando vê ops nomes atrelados ao poster. 

A galera do escritório.
Foto cortesia de Guia da Semana.
Um Senhor Estagiário (2015)... Assisti sem muitas retenções. Não sou do time 'De Niro'. Acho um bom ator, mas não sou pessoalmente uma fã. Posso dizer que este filme ajudou a melhorar bem o meu conceito sobre ele. Um roteiro inusitado, bacaninha. Uma empresa dessas de internet abre um estágio para aposentados, e o personagem de De Niro ganha a vaga. Vai trabalhar como assistente pessoal da diretora da empresa, interpretada por Anne Hathaway, que sozinha já seria o suficiente para dar um ritmo legal ao filme. Ela é linda, e boa atriz, divertida, expressiva... Os filmes dela costumam ser bons... Mas não é só isso!!! O elenco de apoio, todo composto por jovens não tão famosos, mas com trabalhos competentes no currículo, também não deixa a peteca cair. E, Rene Russo, para Robert ter um adulto pra interagir no filme... KKK Tudo se encaixa, as interações do personagem do De Niro com os garotos que trabalham na empresa são fantásticas, a história entre ele e Hathaway emociona. Tudo se complementa, e Robert De Niro faz uma coisa fantástica, que é para poucos: desce do salto e atua no nível dos novatos. Diminui seu tom, seus trejeitos típicos, e simplesmente se mistura à galera. Lindo! Isso faz com que o filme ganhe um ritmo fantástico e que as histórias que são romances entrelaçados não fiquem enjoativas. Adorei, e recomendo muito. É o tipo de filme que eu assistiria de novo, se alguém me convidasse. 

Dustin Hoffman e Emma Thompson.
Cortesia de Faith & Film.
Tinha Que Ser Você (2008)... Ah... Dos três, meu favorito. Motivo? Dustin Hoffman. Deixe-me explicar. Desses grandes de Hollywood, havia dois que eram meus absolutos favoritos. Robin Williams e Dustin Hoffman. Robin nos deixou, e isso me aproximou mais do Dustin. Gosto de tudo nele. O sorriso, o olhar, a calma com que ele faz a cena se transformar em algo humano, a falta de pressa em entregar um diálogo, a intensão que ele coloca... Em Tinha Que Ser Você, a história só funciona por conta disso. Tinha que ser o Dustin no papel de Harvey, e tinha que ser Emma Thompson no papel da pessimista e fatalista Kate. Num desses encontros pouco importantes da vida, eles se cruzam, e Harvey decide que ela é a nova coisa especial da vida dele. E aí segue-se uma hora e meia de um cortejo gostoso, em que Dustin despeja todo seu charme de homem sensitivo. Emma consegue se sobressair, e fazer uma boa parceria com o colega, não ficando apagada diante da delícia da presença dele em cena. Dos três filmes, eu diria que em roteiro é o que tem menos assunto. Mas em termos do valor humano e da leveza poética com que conta uma história sobre um encontro casual, e um dia atípico, é quase divino. Eu não o assistiria de novo... Eu já assisti. Algumas vezes. Duas vezes em seguida uma da outra, na minha primeira vez. Delícia de filme mesmo. Quem não é fã de Dustin, do estilo de atuação dele, mais emocional, talvez não goste tanto assim. Mas vale muito à pena conferir.





JulyN.
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Já que estamos falando do circo montado neste país...

Cortesia do R7.

... e como este blog é feito com as minhas groselhas, depois de pensar um bocadinho, resolvi expressar minha opinião sobre uma coisa: Jean Wyllys, você enche o saco e não faz favor nem mesmo aos homossexuais!!! Pronto, falei, como diriam os recalcados de Facebook. Não conheço este moço à fundo, por que não acompanhei a trajetória dele no Big Brother - por que acho um programa estúpido e sem nada cultural à acrescentar. Mas faz algum tempo já que venho tendo que praticamente defendê-lo do falatoril de internet. Ele me dá trabalho. Tenho que sair pesquisando cada frase que ele diz, pra ver se de fato ele falou a asneira, e em que contexto. Por que quando pego uma postagem mentirosa, faço questão de desmentir. No começo estava fácil. Ele realmente tem alguns pontos de vista polêmicos, mas tudo era muito justificado. Não sei se foi o Congresso, a água de sanitário que devem servir pros deputados beberem, ou o que é que foi, que foi tornando esse moço cada vez menos defensável. Não que eu queira protegê-lo de algo. É que o danado enche a boca pra falar de negros e homossexuais, e aí mexe comigo. Não sou nem uma coisa nem outra, mas acredito na igualdade de direitos para seres humanos diversos - somos todos - e acho que estas minorias recebem muitas pauladas morais e sociais na cabeça, e merecem ser retratadas como o resto de nós: seres humanos. Com exemplares bons e ruins. 

Aí, na votação do do Congresso pelo impeachment de Dilma, esse energumeno cospe no colega deputado Jair Bolsonaro... Depois de justificar seu voto pelo impeachment com o blá blá blá sexista e racista dele. Por que tem tudo a ver, você justificar tirar tirar uma presidente, ou não, do governo, por conta dos homossexuais e dos negros.... Oi?!? Tá certo que ele não foi o único a falar groselha no palanque - na verdade, neste quesito, ele foi bem na onda do grupelho, e não pode, desta vez, se intitular minoria -, mas o que veio a seguir foi como colocar zilhões de cerejas num cup cake. Ok, ok, alguns aí podem argumentar que o colega deputado é merecedor de uma bela cusparada. Não condeno quem pense assim. Mas, Jean estava dentro da casa do povo, o Congresso Nacional, cumprindo com seu dever de deputado, e embora aquilo pareça um circo de horrores, até para que não houvesse uma justificativa para se jogar pedras na comunidade LGBT, ele deveria ter agido com mais decoro. 

Então, tô me demitindo de defender este rapaz. Péssimo exemplar da comunidade LGBT... Hum... E devo confessar que me incomoda bastante tratar de seres humanos assim, como uma classe separada. Tô me f... pra grupelhos... Meu amigo que por um acaso é homossexual, nas coisas em que a natureza o fez ser humano, e nos seus direitos como tal, não difere de mim. Ele também não difere de mim no gosto amoroso... Nós dois gostamos de homem - haha, só uma piadinha. Enfim, acho que me fiz entender. Na verdade estou muito incomodada com as coisas como estão sendo ultimamente. Comunidade LGBT, direitos dos negros, associação de sem teto, petralhas, coxinhas... Muito nome, muita separação de ingrediente em panelinhas diferentes. Assim não dá pra fazer uma boa receita. Os ingredientes vão juntos ao cozimento, pra fazer uma boa massa!!!


E, senhor deputado Jean Willys, o senhor não está ajudando. 



JulyN.
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Meu desabafo. Tá tudo errado!!!

Ilustração cortesia de Itu.com.br
Então, muitos vão falar que não. Mas é exatamente assim... É o que o nosso noticiário não explica pra todo mundo entender, e que lá fora pode ser falado abertamente, por que eles não têm rabo preso com a gente. E, não, não sou a favor de Dilma ou do PT. Por ideologia. E se estou tendo a chance de que ela saia, pra mim, melhor. Mas este jornalista não omitiu nada, fez uma análise acurada e fria da situação, e eu concordo com quase tudo.

Se vamos brigar, briguemos pelas razões certas. Eu sei quais são os MEUS motivos para não querer a Dilma lá. Mas não me iludo com os outros. Impeachment? Ainda não sei se neste momento esta era a melhor solução. Estamos em 2016. Mais dois anos de desgraças - já passamos por coisas piores - e poderíamos tirar o PT de lá nas urnas... Agora, muito provavelmente, teremos dois anos de PMDB que, com exceção de Itamar Franco, sempre me deu mais medo. Aqui em São Paulo tivemos administrações longas do PMDB no passado, então minhas experiências ruins não vão só em relação ao presidente Sarney. 

As pessoas estão comemorando, falando 'tchau, querida' pra Dilma, sendo irônicos... Como se a personificação do mal fosse ela, e como se tudo fosse se resolver assim que ela deixar a cadeira de presidente. Deixando claro: não gosto do PT por uma questão de ideologia. Não sou a favor de governos socialistas. Acho que assistencialismo demais prejudica o desenvolvimento de uma nação. Quem ganha tudo de graça, vai trabalhar pra que?!? Este é meu modo de pensar, e é por isso que não voto no PT, e não gosto das políticas sociais e econômicas que eles adotam em seus governos. Tirar de rico pra dar pra pobre é muito bonito nos livros. Agora, pergunte pro médico que dá plantão em três hospitais pra pagar a prestação do apartamento com varanda gourmet dele em bairro bom, se ele gosta de ter que trabalhar nos três hospitais para garantir tb o pagamento dos impostos de tudo que ele conquistou trabalhando, sem que nada fosse dado, para depois ter tb que pagar o médico, a escola, e o guardinha que fica plantado na saída do estacionamento dele, para que ele não seja morto na entrada de casa ao entrar com o Toyota, também pago com os plantões de madrugada? Vamos parar de ser idiotas e começar a dar crédito a quem é de direito. Se vc trabalha, e vc dá duro, a remuneração tem que ser sua, para que vc faça o que quiser e achar melhor com ela. Independente do trabalho. Se vc paga impostos, independente de se mora no Itaim Bibi ou em Paraisópolis, vc paga por um serviço, que o governo TEM QUE LHE PRESTAR!!! Não é de graça, é público. Existe uma grande diferente. E, público, significa: TODOS podem usar. Então, por bem decidimos que todos pagamos impostos, e todos, sem exceção, juntos, vamos às ruas exigir que os hospitais, as escolas e a polícia estejam de acordo com o que pagamos - que não é pouco - ou, deixemos o médico se eximir dos impostos dele para pagar mais rápido e trabalhando um pouco menos - podendo curtir o que comprou -, o apê em bairro bom. Deixemos que ele tenha tempo de fazer o churrasquinho com sushi no espaço gourmet dele ao invés de ir atender num domingo à tarde para garantir o pagamento da escola particular do filho dele. E aí, vc que é faxineiro e ganha pouco, de qualquer forma não terá acesso à saúde e educação, né?!? Por que vc depende do pagamento do imposto do médico coxinha pra ter essas coisas... Então vejam.... Petistas que falam mal dos 'coxinhas'. Seu benefício é pago por eles. O governo não dá nada. Ele toma do coxinha, pra dar em doses homeopáticas pra vc, e embolsar o resto. E o que os coxinhas querem é apenas poder usufruir das coisas numa qualidade decente. E nem querem só pra eles, por que se os governos não forem corruptos e os hospitais começarem a funcionar a contento, e as escolas tb, além da segurança - que é o básico -, veja, melhora pra vc tb, petralha!!!

Ilustração cortesia de Revista Perfil
Enfim, me estendi por que estou cansada de ver pessoas se digladiando quando deveriam de fato estar lutando juntas por uma mesma coisa. A Dilma saindo vai melhorar, coxinha? Não seja ingênuo... Sua bolsa família resolve a situação, Petralha??? Não seja ignorante... Tá bem na hora de pararmos de nos colocar em lados opostos, como povo, por que no fundo todos nós queremos a mesma coisa. Peço aos meus amigos que sejam vigilantes, por que estamos colocando um partido lá que não tem ideologias, tem sim é pacto com o capeta. E o capeta pode muito bem vir fardado... Quem aí acha que o governo militar foi benéfico, pode começar a bater de porta em porta das mães de presos políticos do regime, e perguntar pra elas se a falsa estabilidade econômica - tudo subsidiado e deixando os cofres do país no vermelho - compensou todas as lágrimas choradas esperando o retorno do filho. Vc quer que Chico Buarque vá embora??? Não gosta dele, do caetano? Acha que os militares tinham mais era que baixar o cacete mesmo? Vc está ouvindo da boca de quem fugiu como um rato e se exilou, e viveu uma vida muito na Europa, enquanto nós comíamos o pão que o diabo amassou. Não se iluda. Pergunte aos mortos... Ah, é, não dá, eles estão mortos!!! Só somos cidadãos quando somos livres!!! Livres pra decidir como queremos viver a vida. Nem um regime militar, e nem um socialista nos dá isso... Então, vamos parar de radicalismos, abrir nossos olhos e entender, que uma vez aberta a caixa de Pandora, é hora de vigiar os monstros que saem dela. Parem de comemorar uma coisa que só acontece em países desgraçados como o nosso... É vergonhosos! Falei pra um amigo americano meu que em 35 anos já são dois processos de Impeachment, ele se assustou. Lá são mais de 100 anos de democracia e um único processo! Qtos outros países de primeiro mundo vcs conhecem que colocam a pessoa na cadeira de presidente pra depois tirar??? Não tô orgulhosa de ser brasileira só por que conseguimos aprovar o Impeachment na câmara dos deputados. Estou envergonhada de precisar que isso seja feito! Entendam: vcs votaram numa pessoa que está sendo expulsa do cargo!!! É como levar um amigo pra uma festa, ele ser mal educado e inconveniente, e ser expulso... Quem é que comemora isso, Senhor?!? Te garanto que nem quem expulsa comemora. A não ser que seja ele tb um mal educado sem noção. É desagradável...



JulyN.
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15 de abr. de 2016

Sessão Pipoca: Concussion (Um homem entre Gigantes).

Foto cortesia de A Hora do Filme.
E eis-me aqui pra finalmente poder comentar à respeito do filme e do ator que foram o centro de uma polêmica em Hollywood. Concussion, ou em Português, Um Homem entre Gigantes. Enquanto fazia meu artesanato, botei o filme pra rodar...

Já vou começar desfazendo o suspense e dizendo que sim, o filme foi muito esnobado pelo Oscar. Mas não estou falando apenas de Will Smith. Já voltamos a isso. Falemos, primeiro, por alto, sobre o que é esta película...

É uma história real sobre um médico nigeriano super gabaritado - cheio de especializações e muito estudado -, que descobre, post mortem, durante uma autópsia, uma condição cerebral no jogador Mike Webster, que justificaria sua demência e depressão no fim da vida. Com suicídios e mortes estranhas de vários jogadores recém aposentados da mesma geração de Mike, a correlação das condições cognitivas precárias destes jogadores no fim da vida, com tal lesão, fica inevitável. E, correlacioná-la com o que todos eles tinham em comum - o futebol americano - fica inevitável.

Acompanhamos, à partir disso, a luta de doutor Omalu em se fazer ouvir pela poderosa NFL - Liga Nacional de Futebol Americano -, e todas as implicações políticas, financeiras e pessoais que suas descobertas trazem. Apesar de seguirmos a história do ponto de vista de doutor Omalu, interpretado por Will Smith, o filme apresenta uma parada de coadjuvantes de dar gosto, interpretando jogadores que o público americano aprendeu a amar, alguns já mortos por conta da doença descoberta, e também os chefões e médicos da liga, estes todos ainda vivos... Ou seja, o filme teve que ter algum cuidado aí, tentando, claro, não sacrificar a história. E acho que fizeram um excelente trabalho. 

A direção foi generosa, a fotografia é bem legal, a edição deixa um bocadinho à desejar, mas nada que prejudique o andamento do enredo, e as atuações estão de muito boas a soberbas. Will Smith começa tímido, mas aplaudo o fato dele ter conseguido abstrair da minha cabeça quem ele é durante uma hora e meia. Nós realmente esquecemos de MIB, Rap, ou qualquer outra gracinha... Até Fresh Prince of Bell Air. Merecia indicação? Talvez. Ainda acho que sua melhor atuação foi em À Procura da Felicidade. 

Pra mim, os grandes destaques em termos de atuação neste filme são os atores David Morse, que interpreta a lenda do futebol americano Mike Webster, e Alec Baldwin, no papel do médico que apóia doutor Omalu em suas pesquisas. A parceria com Will nas cenas com diálogos mais carregados acabou sendo uma boa coisa para o rapper, por que Alec dá uma elevada no nível, e Will acaba acompanhando. Se fosse ser conservadora, indicaria Alec à melhor coadjuvante. Por mérito, eu quebraria tudo e indicava David Morse, que me fez chorar na única cena longa que ele tem no filme. Boa parte do tempo Mike Webster no filme é um grupo de lâminas de laboratório. Ele aparece vivo só no início do filme, para que entendamos o que aconteceu. A cena em que ele, desesperado, pede ajuda de seu amigo e médico - papel de Alec -, e acaba sendo tratado com calmantes, ao invés de receber uma atenção mais qualificada... Nossa... É de cortar o coração. Você sofre com ele, e se este jogador de fato passou por uma crise tão pungente de depressão e demência, a NFL deveria se envergonhar muito de ter tirado a humanidade de um homem desta forma. Esse foi o tanto que a cena me impactou... E aí, em seguida, ele aparece já morto, na sala de autópsia, sujo e desgrenhado, com a boca aberta e roxa. Você chora.... De tristeza mesmo... Belíssimo trabalho do ator. Tô imaginando que ele devia ser fã desse Mike Webster. 

Gostei? Demais da conta. Filme corajoso, com fator humano muito bom... Bom filme mesmo, e dou o braço à torcer. Jada Pinkett até não estava tão errada nos protestos dela contra a falta de indicação do Will ao Oscar. Não foi a melhor coisa que ele fez, mas devo admitir que ele se despiu de Will Smith ali. A gente quase esquece que é ele interpretando o médico... O filme merecia mais cartaz, sem dúvida. 



JulyN. 
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