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30 de jun. de 2015

E quando o disco tá riscado no meio do Remix?

Foto cedida por 50 Ideias.
E lá estava eu, na hora do almoço, passando minha roupa. A manhã tinha sido chata, com problemas que ficaram pendendo. Não estava muito contente. Querendo ouvir música para me colocar num humor mais adequado para enfrentar o resto do dia... Teve Celine Dion, Jason Mraz, Carrie Underwood... Eu estava bem eclética... New Kids on the Block! We Own the Night, foi o que comecei a cantarolar. Primeira música do álbum 10. Mas, não dá pra ouvir qualquer coisa deste álbum sem passar por Remix.A letra da música é muito inspiradora para os patinhos feios da turma, mas não foi por isso que eu curti chegar nela... A melodia é animada e os vocais te levam pra uma festa. A música é bem produzida. A gente sente vontade de dançar. E lá estava eu, me rendendo ao New Kids on the Block. 

Tudo certo, esqueci os pepinos um pouquinho. estava curtindo o momento. Aí, aquela vibradinha do celular, e o led piscando, me puxaram de volta à Terra. Foi como se houvesse um risco enorme no meu disco de vinil. A música sessou e eu era miserável de novo. Ana, perguntando se eu tinha visto as postagem no álbum de fotos que ela fez para uma cachorrinha perdida que estamos tentando achar. História longa e chata. E tive que enfrentar a triste realidade de novo. 

Aí, fui olhar a tal postagem... E acabei olhando outras coisas também no Facebook. Um amigo muito querido postou a seguinte foto:



Em Português, se traduz mais ou menos assim: não se desvie por pessoas que não estão no caminho certo. E eu guardei isso. No resto da tarde continuei com os afazeres. Agora mais séria, mais pensativa... Cada um de nós tem um caminho... Nós escolhemos. Nós temos sonhos e aspirações. E Deus nos faz completamente capazes de alcançar esses sonhos. O que nos impede? Os desvios... Quando a gente cede naquilo que deveríamos estar fazendo por nós mesmos, para ajudar, para acompanhar, para fazer parte dos sonhos de outra pessoa. Quando elegemos como mais importantes as necessidades dos outros... Quando passamos um dia inteiro resolvendo tudo pra todo mundo enquanto nossas vidas estão um caos. A palavra idiota veio à minha cabeça.

Eu. De novo. Cometendo os mesmos erros. É só eu descuidar de mim mesma e lá estou eu fazendo as mesmas cagadas de novo. Assim não dá... Agora estou aqui, botando as epifanias pra fora, por que quando as escrevo elas se tornam tão reais! E é só aí que eu consigo enxergar tudo de fato. Neste momento estou depressiva. Triste comigo mesma, triste com como as coisas estão. É sempre assim... Eu fico triste, me martirizo um pouco, faço o papel da derrotada. E, neste momento, não quero mesmo ninguém perto de mim. Quero ficar na minha, eu com os meus botões, admitindo minha derrota. 

Mas não se preocupem por que essa é só a primeira parte. Se é que tem alguém preocupado comigo, claro... Aí, depois de me sentir muito derrotada e infeliz, eu deito a cabeça no travesseiro e acordo teimosa. Pronta pra corrigir seja lá o que for que acho que posso corrigir, pronta para fazer o caminho de volta da estrada errada que peguei. Pronta pra tentar mais uma vez. 

Só queria acertar... Pra saber como é!!! KKK



JulyN.
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29 de jun. de 2015

Aquele instante em que tudo parece estar no lugar em que deveria!!!

Tulipa de frango... Uma das coisas mais gostosas que já comi.
Foto cortesia de Rede Globo.
Hoje fui visitar minha cunhada e meus sobrinhos... Ela é viúva de um de meus irmãos. Marcelo... Nunca consegui responder à pergunta sobre minha família sem incluí-lo na conta, embora ele já esteja morto por boa parte da minha vida. Mas algumas pessoas não precisam se materializar para fazer parte... Quando me perguntam, sobre meus irmãos, ele sempre está na conta... Por que não consigo esquecer todas as vezes que pegamos aqueles cheques de depósito ou de compensação, comuns nos anos 80 nos balcões do banco, e levamos pra casa pra brincar de escritório. Não dá pra esquecer 'tulipa na chulipa', Marqui Marque Andide Fankybunche, quatro de julho, aniversário do Matheus... 

Ah... Matheus... Na minha arrogância realmente não pensei que um menino daquele tamanhinho ia ter algum dia alguma coisa pra me ensinar. Meu sobrinho. Lindinho, com a carinha mais fofa do mundo. Carinhoooooso. Sempre muito bonitinho e querido... Ia ser um barato ver Marcelo ser pai. Por que Gibinha ficou mais bonito, mais interessante, depois que Gabriel nasceu. E, depois da chegada da Gigica, então, Gibinha virou quase uma pessoa bacana. Feito incrível desses dois anjos que ele chama de filhos. Tudo o de melhor e de mais bonito que vi sair do Gibinha tinha um dos dois, Bi ou Gigica, como sujeitos protagonistas. 

Marcelo já era bem legal. Mas era um legal meio desconexo. Ele nunca fez parte de fato. Lembro de muita coisa com ele, mas também lembro de muita coisa sem. Por que era assim. A gente não podia contar muito com a presença dele. Marcelo simplesmente aparecia, ou não. E meio que, com o tempo, nos acostumamos com isso. Até por isso, talvez, meus pais demoraram a perceber que os sumiços foram ficando mais longos... Perigosamente longos... Até que um dia ele não estava mais lá, de fato.

Mas reapareceu... Em cada sorriso do Matheus. Em cada gracinha que ele fazia. No pedido por um caminhão basculante que um dia ele me fez. Tinha 4 aninhos. Afinal, o papai não havia rebocado a casa, e ele precisava terminar o serviço. No dia em que chorou quando foi 'zoado' por nós. Uns 10 anos, acho. Deitou na cama, escondeu a cara entre os braços e chorou. Ficou emburrado, triste. Igualzinho ao pai. Careeeeeente!!! Quando começou a sumir... Uns 16 anos... Sempre sorrindo, sempre do time do deixa disso, sempre vivendo e deixando viver... Sumiu por muito tempo também, algumas vezes. Mas sempre voltou... E continuou voltando. E aprendeu que precisa sempre voltar. Por que nós o amamos. 

Matheus!!! 
Amamos demais, segundo ele. Ah... Surpreendeu-me com essa, há alguns anos atrás. Eu, fazendo meu papel de tia, reclamando que ele não participava dos eventos familiares mais, que nunca estava em casa, e que estava se tornando um sobrinho virtual. 'Tia, o problema é que as pessoas me amam demais!' Demorei uns anos para entender. Lição aprendida, mestre. De vez em quando também me sinto amada demais. Isso cansa.

E, quando eu achava que íamos perdê-lo para o mundo de vez, quando pareceu pra mim que não havia laços que o prendiam, ele me surpreendeu de novo, voltando adulto, bonito, consciente de si e do mundo. Feliz!!! Não foi para a faculdade, mas sabe uma porção de coisas. Não mora numa casa, mas tem um lar. Com todas as coisas que uma tia careta poderia achar que dariam uma bela receita para o fracasso, ele se fez. Assim... Livre, inortodoxo, completo. Um ser humano pra lá de legal! E, no caminho para alcançar a vida que queria, visitou lugares, conheceu pessoas, entendeu culturas... E deu uma lição de moral involuntária na tia que um dia sonhou ser arqueóloga para viajar o mundo. Bastava querer de fato, e se jogar. 

Hoje fui visitá-lo. Fui ver minha cunhada também. Ela é uma boa amiga. Almoço em família, conversas triviais... Ele mostrando o trabalho. Matheus faz bijuterias finas, em arame e ferro e outras coisas. ADORO!!! Imagina, né, eu?!? KKK Ele mostrou os colares lindos de viver que tem feito. Lindos mesmo. De encher os olhos. Enfim... Aí, ele disse que se eu tivesse uma ideia na cabeça, e quisesse um design exclusivo, era só falar que ele fazia... 

Imperatriz Menina entregando Fantasia para Bastian. 
Foto cortesia de Uyulala.
Bom, não sei quantos de vocês sabem que sou apaixonada pelo livro 'A História Sem Fim'. E, sim, quero um dia ter um Aurin. Mas, por enquanto, estou me contentando com Fantasia... Sim, Fantasia... Não vou estragar a experiência de quem nunca leu o livro ou viu o filme. Eu quero um colar com um pozinho brilhoso num recipiente de vidro, que não escureça ou descasque com o uso. Mais ou menos isso... O pozinho, no livro, é a areia que dá origem à Fantasia. É uma representação de cada sonho e pensamento das crianças humanas... Ou seja, o pozinho é a representatividade das possibilidades da cabeça sonhadora... Quem me conhece, tá ligando lé com cré? Eu, pessoa pouco sonhadora.... Hahaha. 

Matheus vai fazer o colar. Tô feliz... Não só por tudo isso já explicado. Foi o momento em si. Enquanto falávamos, ele prestava atenção na minha ideia, e eu perguntava se era possível quebrar uma pedra da lua, talvez... E ele dizendo que sim... E que ia fazer... Este momento. Este instante... Tudo pareceu tão no lugar!!! Foi como brincar de secretária de novo. Imaginação é um negócio que me leva longe, e quem me deu essas asas foi Marcelo, quando inventava as coisas mais loucas para divertir a irmãzinha dele. E lá estava o filho do Marcelo, planejando como ia fazer Fantasia para mim!!! Genética é tudo!!! Matheus conhece o pai dele pelos relatos de todos nós, que não devem ser muito acurados, por que é extremamente difícil descrever tudo o que há numa pessoa... E como foi que se saiu assim, tão parecido? Mistérios da vida... 

O rapaz que acha que o amamos demais com certeza não gasta nem dois segundos pensando nisso, analisando os mecanismos do mundo. Ele prefere viver!!! Quer apenas o conhecimento necessário para desfrutar da vida, e as coisas necessárias para não morrer. Seja lá o que forem elas. Por que pra cada ser humano é algo diferente... 



JulyN. 
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25 de jun. de 2015

Sessão Pipoca - O Verão da Minha Vida.

Poster cedido por IMDB.
Estava eu olhando alguns trailers de filmes no Internet Movie Database. As novidades. Eu gosto de ver, saber se alguma coisa me interessa. De vez em quando algum ator em específico me chama a atenção, e aí entro no perfil dele ou dela, para ver quais foram seus trabalhos anteriores. Talvez alugar algum filme para conferir performances... Não lembro exatamente o que estava olhando quando me veio a recomendação do filme O Verão da Minha Vida. Dei uma olhada no elenco e achei que valia à pena conferir a película. Havia o Steve Carrell e a Toni Collette... O primeiro vem me surpreendendo em alguns dramas - dado o fato de ser famoso na comédia -, e Toni é uma excelente atriz!  

Adoraria dizer que aluguei ou comprei o DVD. Mas quem estamos enganando, né? Eu baixei mesmo o filme. Som original em Inglês, sem legendas, por que as legendas de internet em nosso idioma são tristes de tão ruins... E eu meio que consigo me virar com o Inglês, então... 

E aí veio a surpresa. Fazia bastante tempo que não gostava de um filme a ponto que querer assistir de novo na mesma semana... Fazia tempo mesmo. O filme conta a história de pessoas tentando recomeçar, sob bases bem estremecidas, do ponto de vista de um menino de 14 anos. E aí é que eu digo que um bom roteiro aliado a uma bela escolha de elenco faz toda uma diferença. No papel do menino Duncan um canadense que atende pelo nome de Liam James. E, vejam, se forem procurá-lo, acabarão esbarrando em Liam Payne, integrante do One Direction... Parece que o segundo tem um nome do meio que é James... Enfim...

Vão achar o Liam do filme também, e muitas boas críticas à respeito deste trabalho dele, que foi premiado, e de outros de menos destaque. O menino já é um veterano... Eu fiquei impressionada com a sensibilidade que ele conseguiu imprimir no personagem, e todo o clima que o filme trás, familiar, bagunçado, humano... A atmosfera me lembrou muito um dos meus filmes favoritos, Meu Primeiro Amor. 

O mais curioso é que o roteiro foi escrito por uma dupla com muitos créditos como atores em comédias e com alguns poucos créditos de roteiristas, juntos, em sua maioria, para programas de tv, que incluem o SNL - o Zorra Total americano. Meu Primeiro Amor conta com roteiro também escrito à quatro mãos, por um comediante, responsável por filmes do gênero - por exemplo, Recruta Benjamin - e uma roteirista de filmes de aventura protagonizados por crianças. Hum... Acho que os comediantes têm um olhar todo especial para a alma humana, e um jeito diferente de observar as nossas esquisitices, que aparentemente me agrada. 

Não vou dar muitos detalhes sobre o filme, pra não estragar a experiência de ninguém. Mas, se você é como eu, e gosta de filmes que versam sobre os problemas humanos, sobre neuras, paixões, esquisitices e imperfeições, este é o filme certo pra você. 

O verão da Minha Vida (The Way Way Back)
Lançado no Brasil em Outubro de 2013
Falado originalmente em Inglês. 
Elenco: Liam James, Steve Carell, Toni Collette, Allison Janney, AnnaSophia Robb, Sam Rockwell, Maya Rudolph, Nat Faxon, Jim Rash, ...
Direção e roteiro: Nat Faxon e Jim Rash





JulyN.
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Parafraseando meu sobrinho... As pessoas me amam demais!!!

Foto Cedida por Encanto de Gifs.
KKK Bom... Claro que é só uma frase, e eu não sou narcisista a este ponto. Não acho que as pessoas me amam demais... Nem acho que em todos os casos que estou pensando, trata-se mesmo de amor. É só um modo de dizer. De me 'queixar' do que tem ocorrido nos últimos tempos.

Desde que comecei a me voluntariar em eventos e iniciativas da proteção animal - apesar de me responsabilizar por alguns cães, não me considero protetora -, meu círculo de 'amizades' se expandiu espantosamente, e o tempo que antes eu tinha só para mim, agora eu gasto salvando cachorros e comparecendo em eventos da proteção, e sociais... Por que quando você começa a circular em várias rodas, é claro que algumas das pessoas que você conhece acabam despertando algo a mais, uma amizade mais estreita... E eu tenho essa coisa de não ignorar ninguém... Vai ver que é por que fui muito ignorada na minha infância e adolescência. Ou, quando não era ignorada, era alvo de piadinhas e brincadeiras nada agradáveis... Enfim... Fato é que, se damos o tratamento que gostaríamos de receber, então eu costumo dar a atenção que as pessoas merecem. E, sim, elas merecem minha atenção. Não todas as pessoas que conheço, claro. tem algumas que não merecem nem serem lembradas... Mas algumas delas, que me são instantaneamente muito queridas, eu gosto de prestigiar.

E, sim, também há o caso dos vampiros... Não sei por que Deus me criou uma catalisadora de vampiros. Está se perguntando o que são vampiros?!? Neste caso, claro... Não que você não saiba a definição do verbete... Enfim... Um vampiro é aquela pessoa que se aproxima de você para obter vantagem, apenas. E, nem sempre é fácil identificar a pessoa, por que nem sempre ela se apercebe como um vampiro. Sabe aquele seu 'amigo' que só te procura quando quer alguma coisa? Aquele que quer que você faça tudo ao lado dele. Te convida pra tudo, te faz ir pela cidade toda atrás dele, e se você não for, é um anti-social bobão que nunca sai de casa?!? Aí, quando chega a sua vez de convidar, de pedir companhia naquele evento legal que você quer ir, ele nunca está disponível?!? Entre outras coisas... Este é o tipo mais difícil de se identificar, por que você passa anos na companhia desta pessoa, achando que ela gosta tanto de você que precisa da sua companhia o tempo todo... É um erro comum... Pois é... Tente não comparecer a um ou dois eventos desta pessoa, e saberá se ele ou ela é um vampiro ou não... Tente convidá-la para uma ou duas coisas mais caras -  tipo, o show do New Kids on the Block -, importantes para você. Terá sua resposta aí, quando, depois de anos sendo arrastada para o universo dela, e ficando pobre para acompanhá-la, você acabar sozinha no seu melhor momento de diversão. 

Gif cedido por Angel Olhar Feminino.
Enfim... Até uns dez anos atrás eu não sabia diferenciar amigos de verdade disso aí que descrevi acima. E sofri muito, por que sempre fui uma pessoa bastante ligada ao social, apesar de não me divertir com isso. Pois é... Eu achava que era uma sinal de normalidade você ter amigos, e ter compromissos, e ter uma vida repleta de eventos para comparecer. Mas isso não significa que eu era feliz. Muito pelo contrário... Sou uma pessoa de gostos pouco populares, e apesar de ser prolixa, o que me diverte de verdade é mais ouvir do que falar. Os assuntos que eu tagarelo à respeito com todo o prazer tem tudo a ver com esses prazeres menos populares dos quais gosto... E é extremamente difícil encontrar pessoas com o mesmo nível de fanatismo nos mesmos assuntos. Então, digamos que em 80% do tempo eu me sinto um E.T. indo a lugares, falando com pessoas e fingindo me divertir muito. 

Não se ofenda se você é uma das pessoas que me convidou para algo, e nem deixe de me convidar... Não quero dizer que também eu seja infeliz ao seu lado. Se eu me dei ao trabalho de sair de casa para te prestigiar é por que gosto de você. Em boa parte do tempo é esse o caso... E, se gosto de você, fui ao seu evento para te ver, para te fazer feliz... Partindo do pressuposto que você não tenha me convidado só por educação. Se este é o caso, pode parar de me convidar, que eu não ligo, não vou te tratar diferente por causa disso... Bem na verdade, se não for pra realmente acrescentar algo e ser apreciada, como pode perceber pelo meu texto, eu prefiro não ir... E, em não me convidando, você me poupa da chatice de inventar uma desculpa pra não comparecer... 

Enfim... Vamos voltar ao foco da postagem - KKK. Ultimamente, por causa da proteção animal, meu mundo se expandiu um pouquinho demais da conta. E, é claro, mesmo em não tocando minha música favorita, mesmo as pessoas não me conhecendo, não sabendo do meu universo, e cometendo o erro de todo ser humano de não tentar conhecer, ou não se importar com o que vai na minha cabecinha, há algumas pessoas de quem gosto bastante, então, sim, dedico meu tempo a elas, e saio de casa para prestigiá-las. fato é que o número de compromissos sociais têm aumentado, juntamente com o tanto de trabalho realizado para resgatar animais ou dar-lhes alguma dignidade. E meu tempo assim, eu comigo mesma, neste blog, por exemplo, tem faltado... E me peguei pensando, esses dias, no dia em que eu e outros familiares cobramos de meu sobrinho Matheus o porquê dele nunca estar entre nós. E me veio esta resposta, que ri muito ao ouvir: Tia, as pessoas me amam demais. 

Naquele momento eu achei meio descuidado da parte dele. Amor nunca é demais, ora bolas... Mas, no fundo, tenho um espírito livre. E já me privei dessa liberdade tão desejada por algumas pessoas e uma cachorra. Já não sou o que costumava ser, por conta das responsabilidades... Detesto essa palavra. Detesto ter todo um esquema de vida que não me faz feliz. São só obrigações a se cumprir. Sem diversão, sem sossego, sem paz, sem descanso. E aí, tem meu sobrinho. Lindo, livre... Mora numa barraca com sua namorada, viaja o país todo, conhece lugares lindo e só carrega com ele o essencial para sobreviver. O resto, o mundo fornece... Ai... Inveja... 

Ilustração cedida por Rafaela Albuquerque.
De vez em quando eu só queria isso. Ficar em algum lugar bonito, ter comida, música... E mais nada... Sem compromissos feitos por outras pessoas, com outros moldes que não os meus, aonde muito provavelmente nada do que eu gosto figurará. Mas, por algum motivo sobrenatural, minhas vontades acabam sempre sendo as últimas a serem satisfeitas - quando são. 

Não sou infeliz... Pode parecer que seja, pelo texto que acabo de escrever. Mas não sou infeliz... Tenho amigos, estou abrigada, mal e porcamente tenho um trabalho, tenho amores... Tenho, tenho, tenho... Só me cansa tudo o que tenho que fazer e tudo o que tenho que ser para manter tudo o que tenho. E será mesmo que preciso de tudo isso???



JulyN.
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