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21 de jan. de 2016

Minha indignação com o SUS.

Cortesia de InfoEscola.


Gente, acabo de fazer um texto, um tanto pessoal, contando uma de minhas experiências com o SUS, e com a necessidade de usufruir dele... Está no blog Filhas de Aluguel. Confiram lá, por favor, pois acho bastante pertinente. 





JulyN. 
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30 de nov. de 2015

Momento #cêtádebrincadeiracomigo: Eu não sei nem o que dizer... Como foi que o Haddad ganhou as eleições pra prefeitura de São Paulo mesmo? Alguém me refresca, por favor?

Uma das festejadas ciclovias de São Paulo.
Super segura, como podem ver! Imagem cortesia de Veja.
Como se não bastasse a saga das faixas vermelhas pintadas aleatoriamente pelo asfalto de nossa cidade, tornando a vida dos motoristas um inferno, e enchendo os ciclistas de falsas esperanças, entre outras medidas idiotas que não vão nos ajudar, a não ser que coisas sérias sejam feitas antes delas, o Haddad agora arranjou um jeito de reinventar a matemática. Ele tinha uma meta de entregar 55 mil moradias populares na cidade de Sampa até o final do primeiro mandato dele, em 2016. Ele está chegando lá, agora que estamos há um ano desta realidade? Não... E não vai chegar, por que o pais, governado pelo partido dele, está numa crise ferrada, né? O que um ser humano mais ou menos normal faria? Admitiria a derrota. Fingiria não ter se comprometido com uma meta, se fosse bem politico... O que Haddad está fazendo? Liberando o licenciamento de empreendimentos particulares, com características populares, bem mais rápido que o usual, e colocando isso na conta das moradias populares... Ah, claro... Hum... Não tenho mais nada pra falar à respeito. Até hoje ainda não sei como ele ganhou as eleições!!! O nome dele não aparecia nem para um segundo turno!!!
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6 de mar. de 2015

Dormindo no busão!

Desenho cedido por Amarelo e Verde Alface.
Vc tira a menina da periferia, não a periferia da menina... KKK 

Hoje acordei às 6 - não riam, para mim isso é um tremendo sacrifício - para resolver algumas coisas para uma cliente. Muito busão, muita fila, muita atendente incompetente fazendo pergunta idiota. E eu tenho que especificar essa, por que vocês não fazem ideia... Eu vou ao local cancelar um serviço, levo documentos da minha cliente, e um atestado de óbito da mesma... Sim, uma de minhas clientes faleceu, e está sendo um momento triste pra mim, pois gostava demais dela... Mas, voltando a atendente, explico pra moça que a titular do serviço faleceu e que morava sozinha. Então não há mais interesse em manter o serviço funcionando. A moça digita algumas coisas, pergunta se eu quero cancelar - achei que tivesse sido clara -, eu respondo que sim, e ela olha bem dentro dos meus olhos e pergunta: qual o motivo do cancelamento?
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5 de jan. de 2015

Tudo acaba em coliformes fecais...

Eu no quarto do hospital, trabalhando...
Eu estou aqui, sentada, esperando que uma função muito básica e natural dos nossos organismos aconteça. Mais uma vez o universo me ensina que no fim, tudo acaba em cocô! Uma de minhas clientes idosas... As novidades do dia são as fraudas e a inabilidade de se levantar e ir até o banheiro. As dificuldades são as fraudas e a inabilidade de se levantar e ir até o banheiro... E por mais que o quadro estivesse progredindo desde o dia 22, e eu sabia que este dia ia chegar, tenho a péssima mania de achar que milagres acontecem. Enfim... Sei lá, vai ver que Deus é Corintiano. Faz gol aos 46 minutos do segundo tempo... 

Eu saí de casa atrasada. Acordei cedo, e tomei meu banho, forcei uma amizade para ver se as minhas necessidades fisiológicas saíam todas - viu como tudo é sobre cocô -, mas aparentemente meu intestino manda em mim. Ele e minha bexiga, na verdade. Eles funcionam quando querem funcionar. Minha bexiga se mancomunou com minha falecida mãe. Só falta gritar, por volta das oito da manhã: 'tá pensando que isso é albergue?' Minha mãe falava isso quando eu acordava às onze da manhã, com a maior cara amassada, depois de ter passado a noite na esbórnia da internet. Eu nunca entendi o comentário, já que os albergues que conheço todos tem hora para servir café da manhã,e  não é às onze... Enfim... 

Eu não costumava ter problemas com a bexiga na adolescência. Bom, minha médica discorda. Ela diria que agora eu tenho um órgão que funciona adequadamente, pois o certo é ir ao banheiro quando se tem vontade. Antes eu conseguia segurar, e nem me incomodava com isso. Bom, eu achava que não me incomodava... Aí fui nessa médica uma vez, reclamando de incômodo na área da pélvis, e sonolência, e queda excessiva de cabelo, e outras coisinhas assim, e a médica juntou tudo e chegou à conclusão que eu tinha uma infecção urinária. Nunca achei que coca-cola, chá mate e chocolate fossem tão intoxicantes - hehe. Aí veio a receita para melhorar: muita água e não segurar o xixi. E aí acabaram-se as minhas manhãs de domingo na cama. A bexiga não deixa eu permanecer muito tempo lá. 

Mas a danada esqueceu de passar o memorando para o intestino. Esse continua como antes. Não tem pressa pra nada. Faz o serviço dele com calma e excelência. O caso é que não sou adolescente há bem uns vinte anos - nossa, velhice -, e com a idade vem o trabalho, e a responsabilidade de pagar suas próprias contas. Aí você combina com o corpitcho que quando o despertador tocar você terá lá uns quinze minutos entre tomar café e banho, tempo suficiente para tudo se colocar em funcionamento, antes que você se troque, se perfume, se arrume todinha e saia correndo, para não perder o busão passando no ponto. Mas a bexiga tem prioridade. O despertador toca, e vem um súbita e desesperada vontade de fazer xixi. Beleza... Passamos por isso numa boa. Mas aí vem os 15 minutos, e mais 30, tempo em que mulheres se emperiquitam, e nada... Nada do intestino funcionar. Você tem hora pra descer, ir ao apartamento de uma outra cliente para alimentar os gatinhos que ela deixou para viajar, e nada... E quando você está em direção ao ponto de ônibus, rumando para o hospital aonde vai passar o dia convencendo alguém a usar frauda, aí dá aquela vontade louca de fazer um número 2... Logo após você descobrir que vai gastar uma grana extra para chegar ao hospital, depois que não conseguiu carregar o bilhete único. Não é legal?!? Tudo sempre acaba neles, os danados coliformes fecais. 

E incluo neste meu raciocínio o fato de amanhã eu ter pagar cinquenta centavos a mais em cada condução que eu pegar, por que eu não sou estudante... Eu sou a pobre coitada que trabalha cerca de doze horas por dia, e passa mais duas horas num transporte público de péssima qualidade, e que paga impostos cada vez que respira nesta cidade bagunçada - estou falando de São Paulo... Claro que eu posso dispôr de mais um real por dia, de segunda a sábado. Por que três reais não eram suficientes para me empobrecer, aparentemente, e seguir com o plano do PT de tornar este um país socialista. Para que eu fique tão na merda - opa, falamos nisso de novo - quanto boa parte da população, foi preciso aumentar em 50 centavos o valor unitário da condução pública na cidade de São Paulo. Ainda bem que acredito em milagres, e acredito muito em mim, por que do contrário eu já teria cometido um harakiri. Mas que está muito complicado engolir esse aumento, quando prestamos atenção na péssima qualidade do serviço prestado, isso tá...

Mas a vida vai continuar, e eu espero que o trabalho continue me trazendo alegrias pessoais - não que eu fique feliz com a doença e velhice alheias, mas sim fico feliz quando consigo ajudar essas pessoas -, e um bocadinho mais dinheiro, por que para viver num país governado pelo PT, com inflação fungando no cangote, só se eu conseguir ganhar mais do que a dita cuja consome do meu salário... 



JulyN.

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18 de fev. de 2014

Você pensa que mora na Suíça? - Transporte público em SP.


Hoje começo uma série de postagens bacanas - estou sendo sarcástica - sobre a infraestrutura da nossa querida São Paulo, e o material humano que encontramos aqui. (Minuto de silêncio para a contemplação da desgraça.) Resolvi fazer esta série recentemente, depois de passar por várias situações sui generis nos caminhos de casa pro trabalho e vice e versa. E estou dando conta só de 2014. O ano passado teve muita coisa também, e algumas delas eu expus aqui no blog. Vamos relembrar?


Isso é por alto, por que nem sempre eu conseguia tempo de escrever o que aconteceu em 2013 pra me fazer acreditar que moramos mesmo numa fábula... 2014 prometia ser melhor. Ano de Copa, as pessoas se instruindo um pouco mais para receber os turistas, as coisas se ajeitando... Só que não!!! (Parafraseando descaradamente o Otário Anonymous.) Comecei o ano trabalhando muito, tendo que pegar busão e metrô para chegar até o serviço... Eu moro em São Paulo... Esses são os ingredientes para o inferno na Terra!

Muita gente me pergunta por que prefiro pegar o busão ao metrô. Bem, pude observar que as pessoas no busão, em geral, são mais educadas umas com as outras do que o povo do metrô. O segundo grupo parece ser mais estressado e mais atrasado, e menos feliz do que o primeiro. Apesar do primeiro grupo ser de gente visivelmente mais pobre. Como percebem, não é o dinheiro que garante a felicidade! Pois bem, na minha primeira semana de trabalho, em 2014, resolvi dar uma de Paulistana e economizar tempo usando o metrô. Esse pique durou dois dias... Ficar espremida num trem debaixo da terra, sem acesso a luz do dia, tendo que lidar com a falta de educação das pessoas em volta não me agradou. Ver uma velhinha ser empurrada para fora do vagão, por que um idiota com algum problema cognitivo sério precisava descer naquela estação também não me apeteceu. Desisti dessa vida em dois dias, por que não tenho dinheiro pra comprar uma bazuca - um sonho de consumo de uns tempos para cá. Fora que todo o tempo que eu economizava no transporte, acabava gastando nas caminhadas para chegar as estações de metrô. 

O ônibus virou a solução. Muito bom andar num veículo arejado, com gente menos emburrada me acompanhando, pessoas normalmente até bem educadas... A possibilidade de descer se algo me incomodasse... E, incrivelmente, a possibilidade de fazer o trajeto sentada. Fora que em pegando dois ônibus eu vou da porta de casa à porta do trabalho, praticamente. Tudo perfeito! Ou será que não?

O primeiro evento que passou a me chatear em relação ao busão foi a mudança de lugar no ponto do segundo ônibus que eu pego pra voltar pra casa. Agora ficamos dentro do Terminal Ana Rosa, sem nenhuma sinalização, e sem espaço próprio. Aquele acúmulo de gente de três linhas, e a falta de coordenação para se montar filas me deixa louca. Estava tudo seguindo seu curso, saídas dos ônibus de quinze em quinze minutos, o que me deixava menos chateada de ficar lá em pé, com aquele bando de gente desesperada pra voltar pra casa. Afinal, eu estava na mesma situação. Um dia eu entrei na fila. Perguntei pra moça à minha frente se era a fila do busão X, e ela confirmou. Fiquei atrás dela. Na hora de subir, uma senhora me empurrou, e disse que estava na fila, na minha frente. HEIN?!? Todo o tempo esta senhora esteve fora da fila, na barraquinha de lanches, comendo. Eu a chamei de mal educada, por ter me empurrado, e ela respondeu que a mal educada era eu, por roubar o lugar dela na fila. Este foi meu momento bazuca do buzão. Jesus, eu queria só uma bazuca!!! Mas tive que respirar fundo. Queria voltar pra casa. 

Caso isolado. Ignorei, fui sentadinha pra casa, numa boa. Alguns dias depois o ônibus atrasou sua saída. Não parava de entrar gente. Aparentemente tinha ocorrido algum problema no metrô, e as pessoas estavam buscando alternativas. Tudo bem, fazer o quê. Evento isolado, metrô pode apresentar problemas... Todos os dias??? Por que foi isso que começou a ocorrer. Sempre havia uma pane em algum lugar que acabava sobrecarregando a malha rodoviária. E a volta pra casa se tornou um pouco mais cansativa e estressante, bem como a ida para o trabalho. 

Tudo bem, vamos superando. O que mais pode dar errado? Ah, é, espíritos de porcos - uma raça muito comum em São Paulo - podem queimar ônibus pela cidade, obrigando as concessionárias a relocarem parte de frotas de outras linhas para atender as desfalcadas. De repente o busão que partia de quinze em quinze minutos, passou a ter um intervalo de meia hora. Sério, uma bazuca me faria imensamente feliz. Um helicóptero, com motorista, e uma casa com heliporto também. 

Bom, vamos superar, por que eu ainda viajo sentada no busão, e ando bem menos do que de metrô. Mesmo quando fico quarenta e cinco minutos, num dia de mais de 30 graus, parada  num congestionamento na frente do portal do inferno - também conhecido como Hospital São Paulo - sentindo o cheiro da minha casa, com uns quinhentos metros entre nós. Eu perdoei quando, na chuva, as janelas tiveram que ser todas fechadas, e eu comecei a ter uma crise alérgica por conta do Avanço. Eu não entendo qual é a desse povo que antes de sair suado e acabado do trabalho, eles tiram o Avanço da mochila, se besuntam, e acham que isso vai resolver tudo. Não resolve!!! Como diz meu amigo Jefferson, fica com cheiro de cecê sport. E isso me provoca crise de asma!!! E me deixa bem infeliz!!! E quando eu estou infeliz eu gosto de comer chocolate, tomar coca-cola e atirar com bazucas!!! Não tinha nada disso no busão fechado, na chuva, no congestionamento, com Avanço!

Tudo certo. Cheguei em casa, tomei anti-alérgico, fui descansar... E tentei esquecer o horror daquele dia. Aí, no dia seguinte, peguei um carro de boi. Por que aquele motorista só pode ter comprado a carteira, e deve ser do tipo que toma pinga no café da manhã!!! Depois de muito chacoalhar, eu consegui sentar. Mas isso não significa que a viagem foi mais confortável pra mim. Senti cada pedrinha da rua, e cada vez que o busão freava eu via o acento da frente bem de perto. Tensão total.  Agradeci à Deus quando desci viva do ônibus. Cinco pessoas caíram durante o trajeto. E sim, fizemos queixa. Naquele dia teve o caso do busão que escalou o Corolla... Comecei a ficar apreensiva. Mas voltei pra casa inteira. Foi só no dia seguinte que peguei outro jegue ao volante. Mas aí estava preparada: bala de café pra não dormir e acabar com o nariz no assoalho do busão...

E, então, eis a minha vida agora: eu passo uma hora e meia mais ou menos na aventura do busão lotado, no calor, com chuva, jegue ao volante, tensão total, dor nas costas e vontade de usar uma bazuca, para chegar ao trabalho, e enfrento tudo isso na volta, acrescido do Avanço e a visão do portal do inferno por quarenta e cinco minutos. Um dia, no ponto, comentei com uma senhora sobre tudo isso, e disse que o Haddad tinha piorado um pouquinho as coisas, com a mudança de algumas linhas, por que agora temos que pegar dois ônibus para trajetos curtos. E falamos sobre os jovens que sentam nos assentos reservados e não saem quando é necessário... Eu falava da minha indignação. E ela me perguntou: Você pensa que mora na Suiça?







JulyN.
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23 de jul. de 2013

As Árvores da Av. Francisco Matarazzo!

Veio a mim, através do Facebook, o link para um abaixo assinado contra a retirada de 30 árvores do percurso na Av. Francisco Matarazzo, no bairro da Pompéia, em São Paulo, para uma suposta reestruturação viária que atenderia a Arena Palmeiras. Pois é... Parece-me que há outras soluções menos dispendiosas para o meio ambiente, e para a nossa cidade, que carece de ar... As árvores em questão são saudáveis. Enfim... Nas próximas horas vou ler textos de diferentes fontes e diferentes opiniões, e tentarei ajudar você que está lendo este texto a formar alguma opinião, munido de informações... Por que eu também, por enquanto, não sei o que pensar... 

Canteiro central da Av. Francisco Matarazzo.
Então, li o primeiro link dado na página do abaixo assinado, onde 'O Estadão' esclarece que a obra acontecerá para que a avenida não pare mais em dias de jogos, para evitar os transtornos que hoje ocorrem na região. Na mesma matéria eles esclarecem que a WTorre, empresa concessionária responsável pela obra, deve destinar seis milhões de reais no replantio de árvores, e na melhoria da sinalização de ruas adjacentes. Lendo assim, realmente parece que o que será feito é bom. Em detrimento disso tudo, já aprovado pelos órgãos competentes, está a retirada de 30 árvores do canteiro central da avenida, que será diminuído em um metro, para, presumo eu, acrescentar uma faixa ou duas à avenida.

Na foto postada, cortesia do blog Pompéia Livre, vemos canteiro e suas árvores. Numa postagem deles, foi esclarecido que no dia quinze último (Julho/2013) uma vistoria foi feita por parte de engenheiros agrônomos da Secretaria do Verde e da Subprefeitura da Lapa, acompanhados de técnicos da CET e do Subprefeito da Lapa Ricardo Pradas. O resultado desta vistoria foi a constatação de que as árvores são saudáveis, e de que não seria necessário retirá-las do local para que uma ampliação da avenida fosse feita. Os técnicos agora vão apresentar ao DEPAVE, órgão da Secretaria do Verde que autorizou a remoção das 30 árvores, uma nova proposta para o alargamento da via sem que para isso sejam removidas as Tipuanas. Até que esta nova proposta seja contemplada, fica valendo a primeira decisão. 

O que eu entendi disso tudo é que no projeto de ampliação da Avenida, fala-se em redução do canteiro, e não extinção. Posto isso, reside aí a possibilidade da não remoção das árvores, que talvez fizesse a obra toda andar mais devagar, e seria um pouco mais dispendiosa monetariamente. O pessoal do blog da Pompéia Livre é radical. Não quer a ampliação da Avenida. E parte de uma lógica boa pra lutar contra. A ampliação não melhoraria o trânsito de São Paulo, e sim aumentaria o fluxo de veículos no local. Ou seja: o congestionamento continuaria, com capacidade para mais carros pararem lá. E há de se convir que, em se tratando da nossa cidade, isso faz todo o sentido. 

Eu vou além nesse negócio todo. As árvores seriam replantadas em algum lugar??? Por que, se forem, eu não sou tão contra a retirada. Não conheço o projeto da WTorre, e não sei o que foi, exatamente, que eles previram em relação ao local. Talvez aumentar a avenida seja uma boa coisa. Não dá pra querer morar numa cidade grande, com os benefícios dela, sem sofrer os malefícios de não se estar numa cidade menor. 

Ao mesmo tempo, são os moradores do local que pedem ajuda para evitar isso. Como eles convivem com a realidade do local, e eu não, estou partindo do pré-suposto que eles sabem, melhor do que eu, o que é bom para a região. Já passei de carro e ônibus por lá. Devo admitir que é gostoso parar no trânsito, olhar pros lados, e ver belas árvores. Elas proporcionam uma boa sombra para o local, e tornam o inferno da avenida um pouco mais suportável. Gostaria de ter acesso aos detalhes dos dois projetos - o já aprovado, e o que está sendo contra-proposto. Se há uma maneira de fazer melhor, acho que deveríamos todos dar chance a isso. 

Enfim... Por que eu acho que quem mora lá quer o melhor pra região, e é assim que as coisas deveriam estar sendo feitas por toda São Paulo, eu vou apoiar a causa deles, e assinar a petição. Você, lendo este texto, não é obrigado a fazer o mesmo. Mas pode tentar se informar, tentar ser um cidadão ativo na nossa cidade. Precisamos de gente assim para que as coisas funcionem à contento. E, espero que as obras para uma Arena Palmeiras bacana sejam feitas, contemplem a todos os envolvidos, nos deem orgulho, satisfação e felicidades para quem, no futuro, for assistir aos jogos lá. 

Ah! O blog citado é muito legal, e merece ser lido, não só nesta questão. Gostei demais do espaço que os moradores do bairro criaram ali. Muito legal!!!





JulyN
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6 de mai. de 2013

Calçadas ou Montanhas Russas???

Exemplo claro de falta de senso de coletivo.
Quantos problemas este descaso ocasiona?
Bom, amigos... Há algum tempo venho pensando em fazer uma série de postagens sobre a falta de civilidade, a falta de espírito de coletivo, que observo na minha cidade. Conversando com as pessoas do meu bairro sobre esta ideia, percebi que muitos adorariam opinar, fazer denúncias ou apenas acrescentar indignação a alguns assuntos que não podem ser ignorados. Tenho pra mim que quando 'deixamos pra lá' - um hábito horrendo dos brasileiros - estamos consentindo uma porção de pequenas coisas incomodas, que em conjunto inviabilizam qualquer sociedade.

E durante este processo de pensar como seriam estas postagens, quais seriam os conteúdos, que moldes eu usaria para as denuncias, algo aconteceu. Na verdade, no espaço de uma semana, duas situações chamaram muito a minha atenção. Pois bem... Vamos inaugurar esta brincadeira das denúncias com um dos casos desta última semana, e numa próxima postagem, discutiremos o outro.

Pra quem ainda não sabe, moro em São Paulo, na Vila Clementino. E onde fica isso??? Nada melhor que um mapa para explicar!




Percebam que estamos nas imediações de um grande hospital. E, em grandes hospitais, presumimos que há uma grande movimentação de pessoas com dificuldades para se locomover. O que esperaríamos, neste caso? Uma boa malha de transporte público, uma maior paciência e consideração dos transeuntes, em relação aos pedestres do local, e calçadas adequadas à movimentação em qualquer situação física. Vocês ficariam surpresos se eu dissesse que NADA disso acontece? 

Pois é... Vamos começar falando sobre a educação das pessoas que trabalham em nosso bairro... Tenho muito contato com os moradores e transeuntes daqui (pacientes do hospital), por conta do meu trabalho de consultoria. Converso com muita gente. Fico sabendo de muita coisa. Inclusive da alta velocidade com que os ônibus e lotações arrancam, com idosos e pessoas de baixa mobilidade ainda em pé, tentando achar lugares para sentar. Uma de minhas vizinhas, senhora da terceira idade já, acabou desistindo de fazer seus passeios, por conta disso. Foram três quedas em menos de um ano. Numa delas ela foi jogada para fora do ônibus, e o motorista não parou para socorrê-la. Hum... Péssimo, não é?

Ainda falando desta falta de civilidade de quem está atrás do volante, vamos lembrar que eu, há alguns anos (dois ou três) fui atropelada na faixa de pedestres, com o sinal fechado para os carros, por uma motorista que cruzava da rua perpendicular, falando ao celular. Foi a distração do aparelho que a impediu de perceber que eu estava no meio da minha CORRETA travessia. Tive uma luxação no braço. Ela não estava em alta velocidade, e esta foi a sorte. A moça parou para me socorrer. Parecia uma pessoa bacana, consciente. Mas celular no meio do transito não dá, né? Moram muitos idosos neste bairro. Imagina um deles no meu lugar? O estrago seria bem maior. Mas, esta moça foi até bacana. Tem motorista que não pára, não acha que tem que parar e ainda me xinga quando me coloco na frente do carro. 

Como vocês percebem, tem muito o que ser melhorado à nível pessoal. E eu ainda nem atingi o ponto principal desta postagem! 

Meu pé inchado e com dois cortes,
depois do encontro acalorado com a calçada.
Por conta do acidente leve que sofri no sábado à noite, resolvi falar sobre nossas calçadas... Estou fazendo uma pesquisa sobre as leis que regem a construção, conservação e uso delas, no nosso estado e no país. Como esta é uma tarefa trabalhosa, haverá em breve outra postagem sobre o assunto, focando nos aspectos legais. Por enquanto vamos ficar com a leiga opinião de uma cidadã, ok? 

O que posso dizer com certeza, por que é público e notório, é que há uma lei no nosso município que rege a conservação das calçadas. E, em lendo este artigo em específico, fica claro que elas são de responsabilidade do dono do estabelecimento que usufrui do espaço. Ou seja, na frente do meu prédio, é nossa a responsabilidade de manter a calçada dentro das normas de conservação. Isto acontece? CLARO... que NÃO!

No Street View do Google é possível ver a árvore
começando a quebrar a calçada, e os desníveis começando a aparecer.
Hoje a situação está pior.
Foi neste ponto que machuquei meu pé.
Meu pé está aqui, enfaixadinho, e doído, para provar o que digo. No sábado dei uma bela topada, usando um chinelo de dedo, num desnível no asfalto da calçada, produzido inicialmente pela raiz de uma arvore, que tomou o local. A calçada está situada à Rua Napoleão de Barros. Como estou com dificuldade de caminhar depois do acidente, não tirei fotos pessoais ainda, e não tenho os dados precisos pra mostrar pra vocês o que acontece. Mas ainda esta semana vou fazer este documento. Aguardem pela nossa atualização. 


E de quem é a responsabilidade pela calçada toda quebrada na qual me machuquei? Da prefeitura? Do prédio que ocupa o terreno? Dos dois??? Pois é, não existe serviço bem feito sem fiscalização!!! Trago nesta postagem uma foto da minha própria calçada, e da do estabelecimento ao lado. Foi colocado um piso bonitinho, e uma rampa foi feita para facilitar a passagem das pessoas, nos desníveis da rua. Vou te contar que não ajuda. Estamos numa decida, e este piso bonitinho, no dia da chuva, vira um tobogã. Já vi muitos idosos caindo ali, e eu mesma - que não sou idosa, ainda - levei um tombão uma vez. Falta um anti-derrapante ali. Coisas simples, que as pessoas acabam nem fazendo. E assim vamos indo. Todos nós, eu inclusive. Empurrando com a barriga e discutindo de quem é o problema. Não podemos ser simplesmente civis, entender as necessidades da comunidade como um todo, e fazer o que é necessário, sem precisar que uma lei nos obrigue?

Reparem na rampinha com buraco na calçada da lojinha.
Este é o tobogã. Do lado é  calçada do meu prédio,
também com problemas de conservação.

Se você tem causos sobre a falta de senso de coletivo para contar, denúncias para fazer, e gostaria de ter um canal para expor a queixa, para ter um link para espalhar, por favor entre em contato comigo. Tente documentar abundantemente sua queixa, por que eu não ter como checar todas elas em locu, e temos que ser justos ao fazer qualquer reivindicação. É isso. Vamos tentar fazer do blog também um espaço de exercício de cidadania. 

Calçada a um quarteirão do Pronto Socorro do Hospital São Paulo,
ainda em local de administração da UNIFESP.
Uma aventura para os cadeirantes.







JulyN
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